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quinta-feira, 30 de julho de 2015

UMA IGREJA DOENTE!!!





A igreja está doente porque as novas revelações são mais importantes que A Revelação da Palavra.

A Igreja está doente porque o amor fraternal não mais existe dentro dela, porque o amor existente é somente para os irmão já fazendo parte da membrasia. 

A Igreja está doente porque os irmãos disciplinados, são considerados párias, inimigos ou perdidos, quando o próprio JESUS disse: "amai vossos inimigos..."

A igreja está doente porque prega um amor relativo, prega que até mesmo os maiores pecadores tem direito a salvação, menos os disciplinados, portanto não fazem nada para resgatá-los.

A igreja está doente porque os sentimentos são mais valorizados que o pensar consistente.


A Igreja está doente por causa dos agrupamentos fechados (panelinhas). impenetrável e que os participantes jura que não entra quem não quiser, mas sufoca o outro irmão.

A igreja está doente porque relativizou a Palavra de Deus. Está doente porque não possui mais valores absolutos.

Mas ainda resta muita esperança porque o Soberano Senhor está no controle de tudo. Ainda resta esperança porque existem homens e mulheres de Deus que pagam um preço pela sanidade, integridade e não se curvam, nem se embriagam com estas posturas alucinadoras.


Em certo sentido, as nove marcas de uma igreja doente poderiam ser simplesmente o oposto de tudo aquilo que compõe uma igreja saudável, de maneira que uma igreja doente ignora a membresia, a disciplina, a pregação expositiva e todo o resto. Mas os sinais de doença na igreja nem sempre são tão óbvios. É possível que a sua igreja ensine e entenda todas as coisas certas e, ainda assim, seja um lugar terrivelmente doente. Sem dúvida há dezenas de indicadores que uma igreja se tornou disfuncional e enferma, mas limitemo-nos à nove.

Existem servos de Deus que não se venderam, nem pagaram por bênçãos e nem relativizaram os fundamentos da fé e de uma vida cristã integral. 

Para tratar de um mundo doente, nada melhor que uma Igreja sadia. Acontece, porém, que a Igreja está tão doente quanto o mundo. Todos nós temos a obrigação de orar: “Ó Deus, coloca-nos em UTI. Trata de nós! Cuida de nós! Cura-nos!”

Ainda há esperança para igreja, eu creio nisso.

O FILÓSOFO
Também
                                                                                                    Dr. em TEOLOGIA

QUERO ESCREVER...







Quero escrever o borrão vermelho de sangue
com gotas e coágulos pingado
de dentro para dentro
Quero escrever amarelo-ouro
com raios de translucidez.

que não me entendam,
pouco-se-me-dá.
Nada tenho a perder.
jogo tudo na violência
que sempre me povoou,

O grito áspero e agudo e prolongado,
o grito que eu,
por falso respeito humano,
não dei

Mas aqui vai meu berro
me rasgando as profundas entranhas
de onde brota o estentor ambicionado.

Quero abarcar o mundo
com terremoto causado
pelo grito.

O clímax de minha
vida será a morte.

Quero escrever noções
sem uso da palavra.
Só me resta ficar nua:
                                                      nada mais tenho a perder.      
CLARICE LISPECTOR

Postado Pelo:

O FILÓSOFO

A MULTIPLICAÇÃO DOS EVANGÉLICOS






Pesquisa aponta êxodo do catolicismo para outras igrejas cristãs. Especialista vê nova Reforma Protestante

A multiplicação de igrejas evangélicas, que vêm arrebatando fiéis de todas as religiões, principalmente da católica, é o reflexo de uma segunda Reforma Protestante, analisa o antropólogo PETER HENRY FRY, professor do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Com base em pesquisa do Instituto Gerp, divulgada com exclusividade pelo Jornal do Brasil, o especialista compara a evasão do catolicismo ao movimento que dividiu o cristianismo na Europa do século 16, num processo de adaptação à sociedade capitalista. Segundo a pesquisa Gerp/JB, 20% dos cariocas trocaram de religião recentemente. O catolicismo foi o credo que mais perdeu fiéis (56% dos que se converteram), e as igrejas cristãs evangélicas, como a Assembléia de Deus, a Universal do Reino de Deus e a Pentecostal, foram as que mais acolheram novos seguidores. Outros dados reafirmam a tendência: dos evangélicos do Rio, quase metade veio de outra crença. A maior parte (62%) era católica. Ainda assim, com o peso de religião ''quase oficial'', o catolicismo mantém a adesão de 55% dos moradores do Rio.

Um discurso distante dos anseios da sociedade atual e uma abordagem voltada para valores coletivos - fraternidade, cooperação, solidariedade - seriam os fatores responsáveis pela debandada da igreja católica, acredita Peter Fry.

- A ideologia da igreja católica é coletivista, enquanto as igrejas evangélicas enfatizam o indivíduo - analisa.

Com uma abordagem individual, a igreja evangélica estaria mais conectada à sociedade de consumo. Templos semelhantes a shopping centers recebem seguidores atraídos por líderes populares, que usam linguagem próxima à realidade dos fiéis, sugerindo que a igreja é ''do povo''.

- Está havendo uma pequena revolução, uma Reforma, como no século 16 - diz o antropólogo inglês que já morou em diversos países, onde estudou os mais variados credos.

O discurso evangélico prega a capacidade do indivíduo, junto com Deus, de superar problemas, explica Peter Fry.

- A idéia é dizer:

Os evangélicos falam do que ocorreu na Europa há 500 anos:

Do sujeito autônomo, com o destino em suas mãos. O discurso é condizente com a sociedade de consumo.

Presidente do Instituto Gerp, Gabriel Pazos aponta o abandono pelo catolicismo de recursos de comunicação como um dos fatores que o fizeram perder fiéis. A igreja católica, explica Pazos, foi pioneira ao utilizar ferramentas de marketing. O primeiro departamento de pesquisa foi o confessionário, analisa. O que o padre ouvia, apesar de não poder ser revelado, dava-lhe informações sobre o que pensava a comunidade e servia como base para os sermões. O primeiro cartaz foram as imagens de santos; o primeiro logotipo, a cruz; o primeiro outdoor: a disposição da cruz no alto da igreja. A igreja católica, acrescenta, foi a primeira entidade a ter uma forma de comunicação de massa não verbal: o sino.

- As comunidades foram crescendo, e esses meios deixaram de ser eficazes. Ao mesmo tempo, a igreja católica não se utilizou da mídia impressa, do rádio nem da televisão. Só o Padre Marcelo Rossi (que faz megashows de músicas e já lançou DVD) - lembra o presidente do Gerp.

O ''fenômeno Rossi'', lembra Pazos, é recente.

- As igrejas protestantes, nos Estados Unidos por exemplo, há mais de 30 já usam a TV para convocar seus fiéis. No Brasil, o rádio e a TV fizeram as igrejas evangélicas explodirem.

- A igreja católica, ao longo dos anos foi-se acomodando na maneira de se comunicar, deixou de exigir a presença dos fiéis na igreja - diz.

Para ele, o surgimento da expressão ''católico praticante'' é sintomático.

- Católico é católico. A igreja foi-se descuidando, admitindo que as pessoas se vissem protegidas mesmo não indo à igreja - analisa.

Peter Fry tem outra explicação:

- A igreja católica, por mais que tenha tentado ser popular, sempre foi oficial.

Embora o Brasil seja uma república laica, a igreja católica nunca deixou de ser uma espécie de religião oficial, dominada por pessoas letradas. Na igreja evangélica, as lideranças são populares. A igreja é vista como algo do povo. Os seguidores investem nela porque acham que terão retorno, acreditam que estão produzindo o luxo. Não investem na igreja católica porque acham que ela não precisa.

Por um motivo ou outro, enquanto perto da metade dos evangélicos, umbandistas e espíritas diz obedecer integralmente a todos os preceitos dessas religiões, entre católicos, só 20% admitem obediência total aos ensinamentos da igreja. A maioria (48%) procura segui-los, sem muita rigidez.

A Multiplicação dos Evangélicos
 http://jbonline.terra.com.br/



POSTADO PELO:
FILÓSOFO

O PIAUIENSE






 Piauiense não briga..risca a faca

Piauiense não vai pra festa..ráia

Piauiense não entra.. imburaca

Piauiense não chaveca.. queixa

Piauiense não conserta.. indireita

Piauiense não fala vamos.. fala rumbora

Piauiense não joga fora.. rebola no mato

Piauiense não vai embora.. chega(e ai, vô chegar!)

Piauiense não bate.. mete o bufete!

Piauiense não fala amiga.. fala 'mermã'

Piauiense não dobra..quebra (quebra pra esquerda!)

Piauiense não tem fome.. fica brocado

Piauiense não enche a barriga.. fica de bucho chei

Piauiense não se dá mal.. se lasca

Piauiense não discute.. bota buneco

Piauiense não cola.. pesca

Piauiense não vai agora.. vai 'nestante'

Piauiense não avisa... dá um toque

Piauiense não termina... acaba logo

Piauiense não bagunça... esculhamba

Piauiense não vai devagar... vai só ‘narmanha’

Piauiense não tem velho amigo... tem amigo das antigas

Piauiense não respeita... considera

Pra piauiense não basta ser bom... tem que ser mass 

Piauiense não briga..risca a faca.

                                                                                  AUTOR DESCONHECIDO
                                                                                                                                                                                                                                   Postado:
                                                                                                               Pelo FILÓSOFO


terça-feira, 28 de julho de 2015

INSPIRAÇÃO




 Faz tempo que não tenho inspiração,
Tempos inóspitos, sem graça calado.
A vida está passando, esvai o coração.
A inércia ou o lufa-lufa, dias parado.

Olho para os rostos todos fechado,
Semblantes carregando a dor, desamor.
Rostos pálidos, carentes, blindados,
Mal educados, viajantes sem valor.

Inspiração pra que? O mundo vai acabar,
O dia do juízo está chegando...  Ai de mim!!!
Mas, o tempo urge e eu não quero me calar,

Assim, sem a Inspiração e o tempo... Me calei
Sinto nos rosto que, a angustia é o fim.
Não consigo mais escrever daí... Parei!!!

                                                                                                                                                                
Padaria Big Pão; Centro de Campo Maior,
Café do dia 19/09/2014.
O FILÓSOFO
Também
                                               Dr. Carlos P. Macedo

segunda-feira, 27 de julho de 2015

IGREJAS SEM LUCIDEZ






A não ser nos períodos de avivamento, as igrejas experimentam, geralmente, acentuadas transformações até chegarem ao período de estagnação no qual permane­cem indefinidamente, alheias ao que se passa em redor, satisfeitas com tudo e com todos, aceitando todas as fórmulas e méto­dos humanos, oficializando práticas e or­ganizações muito úteis para companhias e firmas comerciais, porém atrofiadoras da vida espiritual, impróprias para a igreja cristã. Faltando-lhe a água da inspiração, a igreja lança-se à procura de sucedâneos, e vai buscar água em cacimba, desprezan­do a água viva.

Antes de ir buscar em cacimba, a igreja passou por períodos e tempos festivos em que bebeu água da sua fonte, isto é, da sua BOA doutrina, da sua revelação, e inspira­ção, do seu zelo pelas almas sem Cristo, amava ao próximo com muita ternura, o apóstolo até afirmou "amai até os vossos inimigos" tendo desejo de santificação e dedicando-se ao serviço com sacrifício voluntário, ideais puros, e fidelidade à revelação divi­na.

Tinha como fonte a Palavra de Deus. Não era um departamento cujos líderes se corrompem por causa de suas posições social/financeira, concilio quem determinava o que devia fazer. Não era o ancião ou o presbitério que impunha suas inovações.




Não era uma assembléia geral ou não que ditava leis. A Palavra de Deus, fonte das águas vivas, quando prati­cada, tem em si todas as vantagens que as cacimbas não podem dar.

O primeiro período da igreja é geral­mente o período dos idealistas, o período do sacrifício, em que o corpo, cansado pelo labor, alegra a alma pelo trabalho realiza­do; é o período em que nem mesmo a car­teira reclama quando é esvaziada para atender às necessidades de outrem; é o período de dar, mas também é o período de receber, de beber das águas da fonte, de beber diretamente da Palavra, numa con­sagração, sem limites, a Deus.

O tempo de sacrifícios para a igreja é também o período mais rico da graça; é quando a água da vida jorra nela mais abundante, mais clara e mais refrescante.

Todos aqueles que provaram as bênçãos desse período, reconhecem com gratidão quanto bem lhes fez a água, a satisfação, o gozo, a experiência e a comunhão que beberam e desfrutaram nesse primeiro perío­do da igreja.

Antes de a igreja chegar à fase de deca­dência estabilizada, passa por um período de transição em que a água da vida não mais corre, em que há somente lembrança dos dias em que as bênçãos transbordavam até alcançar os lares e os membros da família. Os pais crentes que serviam a Deus fielmente na igreja bebiam da água da vida que ali havia e recolhiam bênçãos tão abundantes, que o lar sentia seu refle­xo.

"Quando os que comandam perdem a vergonha, os obedecem perdem o respeito."

GEORG LICHTENBERG




Os filhos talvez não bebessem direta­mente dessa água, mas a água que os pais bebiam corria neles como um caudal re­frescando e regando.

O início da decadência é o início das trevas:

"Não há mais o interesse vivo pela obra do Senhor; rareiam os abnegados que tudo sacrificaram para servir à causa de Cristo; não há mais ninguém disposto a so­frer pela causa do Evangelho: ninguém mais enfrenta a mofa e o desprezo por amor a Cristo; não existe a fé dos heróis que escolhem ser perseguidos com o povo de Deus a ter o gozo passageiro do mundo".

Este é o período dos poços secos por falta de serem conservados. É o caminho aberto para chegar a beber águas de cacimba imundas.

A igreja que chega à fase da vida artifi­cial e formalista, já perdeu o privilégio de beber a água viva. Só tem a aparência de que vive. Vai beber em cacimba. O culto pleno de vida e bênçãos não existe. O dese­jo de aprender mais e mais de Deus desa­pareceu dos corações. Os testemunhos vibrantes e inspirados nem ao menos são conhecidos. As conversões de almas são coisas raras. Pois não se pensa mais nisso. Disciplinas aplicadas são de almas relegadas ao ostracismo a repugnância, o descaso e o desamor.  Os princípios rígidos de doutrina e moral des­moronaram. Ninguém mais honra a pala­vra empenhada:

É o tempo do descrédito na igreja.

igrejas que possuem maiores e mais complicada burocracia do que algumas re­partições públicas.

Possuem campanhas para construções, movimentos para congressos de homens, de senhoras, de jovens e crian­ças. Têm departamentos de educação, de ação so­cial, de missões; federações de todos os ti­pos; institutos que tratam de tudo. Menos de evangelizar as almas. Ante uma máqui­na tão complicada a funcionar numa igre­ja, seria de esperar que o rendimento espi­ritual fosse apreciável, e que não faltasse a água viva.

Mas, querido leitor, todo esse mecanis­mo é artificial e estranho á igreja de CRISTO: É água de cacimba que entorpecem a vida do povo do Senhor.

A igreja tem a Bíblia, a Palavra de Deus, para dar água viva a todos os seden­tos. A água viva da igreja e do cristão é o Evangelho, e só nele há a verdadeira água da vida.





Quando a igreja perde a visão da reve­lação e bebe em cacimba, sua vida se alte­ra e pode chegar a deixar de ser testemu­nha de CRISTO, para ser pedra de escândalo e tropeço.

A igreja cristã verdadeira, que deveria ter a revelação do Evangelho, basta-se a si mesma, porque bebe da fonte da água viva. O poder da graça é a sua vida e o seu êxito; não neces­sita transportar para dentro de suas portas o mundanismo, a moda, o desamor, inovações ou cacimba:

Ela tem a água vi­va.

A tentação de imitar os vizinhos ou de querer superar os demais, leva a igreja a desprezar a fonte da revelação, para acei­tar, em seu lugar, as cacimbas que muitas vezes contêm águas pútridas e mortíferas. A fonte da graça tem águas vivas que con­tinuamente se renovam, enquanto que as cacimbas semeiam a morte espiritual.

Todos quantos lerem estas linhas têm responsabilidade diante de Deus no que concerne à vida espiritual. Há para todos uma parcela de culpa se beberem ou se concorrem para que outros bebam em cacimba.

Como membros do corpo, formam-se a igreja. Portanto, igrejas voltem à fé dos antigos, voltamos a beber da água da vida, que é CRISTO mesmo.

O FILÓSOFO
TAMBÉM
DR. EM TEOLOGIA
                        

IDOLATRIA DOS SERMÕES


Não alimentamos qualquer ilusão quanto à reação que alguns esboçarão con­tra o assunto de que trata este capítulo; sa­bemos convictamente que nem todos aplaudirão as verdades aqui enunciadas. Ninguém deseja ser considerado idolatra, principalmente tratando-se de pregadores, porém os fatos pesam mais que o desejo e os fatos aí estão a testificar que há muitos pregadores que, sem se aperceberem, tor­naram-se idolatras de sermões.

Desejamos, fique bem claro, que o ser­mão ou pregação pode ser uma fonte de bênçãos para o pregador, para os ouvintes não-salvos e para os remidos que já perten­cem à igreja. Ao mesmo tempo, frisamos, pode transformar-se numa forma de idola­tria. Tudo depende da atitude que o prega­dor tomar ao entregar a mensagem ao po­vo. 

A pregação pode ser uma luz a iluminar o caminho para o Calvário, como pode ser uma nuvem de obscuridade a evitar que as almas vejam CRISTO e o sigam. Se o prega­dor estimar mais a mensagem que prega do que a Pessoa de CRISTO, tal pregador é ido­latra. Se a pregação for feita com o propó­sito de mostrar a capacidade do orador, ninguém negará que no coração há idola­tria ligada ao sermão.



Inegavelmente o que há em abundân­cia na igreja dos nossos dias são pregadores idolatras de seu próprio trabalho, que é fei­to sem a preocupação de elevar CRISTO, mas com o cuidado preconcebido de mostrar sapiência humana.

O sermão será um ornamento a fazer brilhar a luz do Evangelho, se anunciado no propósito que tornou grande a missão de João Batista, ao declarar que convinha que Cristo crescesse, e que ele, João, dimi­nuísse. O sermão concorrerá para o brilho da igreja, se Cristo for o centro e a periferia do assunto que se anuncia. De outra for­ma, se a pregação for vazia de sentido e da unção do Espírito, será um ídolo para o pregador, com o evidente perigo de o ser também para os seus ouvintes.

Se alguém deseja conhecer o caráter dos sermões ou pregações dos apóstolos e dos homens de seu tempo, é só recorrer aos livros do Novo Testamento, pois ali está o espelho, o modelo e o característico da mensagem que não transforma corações li­vres em idolatras de sermões. A primeira verdade revelada na pregação apostólica é que a mensagem era feita para ganhar al­mas. O único tema que os inspirava e lhes dava fulgor era unicamente JESUS CRISTO, o FILHO de Deus.

O contraste entre os pregadores dos tempos apostólicos e muitos pregadores de nossos dias é flagrante. O que há em abun­dância nos dias presentes são ganhadores de elogios, em virtude de carregarem seus sermões de sabedoria, deixando-os vazios de CRISTO.



pregadores que seriam bons novelis­tas, se abraçassem a profissão de escritor, que, porém, nada tem que ver com a pre­gação do Evangelho. Não se pense que essa classe de pregadores é diminuta. Ao con­trário, é bem numerosa. Aqueles que falam para impressionar o auditório, afastaram-se demasiado da estrada da vida. O que CRISTO pede e deseja do pregador é que fale do que recebeu do PAI; que exprima sua gratidão, alegria e o poder da salvação. Se o pregador não possuir essas verdades ar­raigadas no coração, terá de substituí-las por frases muito sugestivas, artificiosas e eloqüentes, que recendam a cultura. Mas é aí que está o perigo da idolatria dos ser­mões.

Os homens de responsabilidade inte­grados na vida da igreja devem saber que religião e salvação não são assuntos sujei­tos às exigências da arte de falar, nem me­lhoram com os retoques estéticos do buril lingüístico. Se tal sucedesse, isso seria su­bordinar um tema divino e espiritual ao capricho da retórica. A obra de levar almas a Cristo é mais simples, mas é mais eleva­da que o trabalho de colecionar termos para dar realce àquele que prega.

Pregar o Evangelho não é atrair o inte­lecto para o brilho da inteligência: é, antes de tudo, expor ao mundo atribulado o ca­minho da vida eterna e da paz.

Deus não chamou, nem chama, para pregarem nas igrejas ou nas praças, preletores de filosofia nem apologistas das vá­rias ciências. O lugar de prelecionar retóri­ca ou eloqüência não é a igreja. Há as cáte­dras onde é mais próprio fazê-lo.



Se o pregador introduzir elementos estranhos na pregação, prova que está inclinado para um lado perigoso, que pode transformar-se em idolatria dos sermões.

Envernizar o sermão com as tintas do saber terreno é ofuscar o brilho da espiri­tualidade que deve fulgurar na mensagem do evangelista que fala às almas sem CRIS­TO.

Fazer um sermão saturado de frases e expressões engenhosamente dispostas para impressionar o auditório, pode ser mais fá­cil que pregar dentro das linhas bíblicas em que só a graça ressalta e dá vibração, porém tal sermão pouco valor terá para converter almas a CRISTO, porque é um ser­mão arquitetado e idolatrado por quem o fez.

Jamais ouvi um testemunho de alguém que declarasse haver sido salvo pela ciên­cia, pela cultura, pela eloqüência ou pelo pregador. Entretanto o que se ouve de to­dos quantos alcançaram ser iluminados pela graça de Deus, é que CRISTO os salvou, que o poder do Evangelho os levantou, que a graça os redimiu.

O pregador que viver o Evangelho terá na sua mensagem a chama da unção a dar realce ao que fala, porque é uma força que sai do coração e vai direto ao objetivo. Foi assim na igreja primitiva, e será assim na igreja, em todos os tempos. Pregar o Evan­gelho é colocar os homens face a face com CRISTO, é iluminá-los com a luz do próprio Céu.

Pregar somente sabedoria intelectual é colocar os homens face a face com a cul­tura e erudição, é o caminho mais curto para o pregador alcançar o altar da idola­tria dos seus sermões. Pregar para ser admirado é fundir be­zerros de ouro que os ouvintes, mais cedo ou mais tarde, adorarão. Pregar a Palavra é sacrifício que leva até ao holocausto, mas que impede chegar-se à idolatria.

Ninguém se engane com as aparências! A letra não será o brilho da igreja cristã. A capacidade humana não é facho de luz ca­paz de atrair as almas para serem salvas.

A habilidade dos homens não converterá um só coração. Na igreja somente uma luz deve aparecer - CRISTO, que é a Luz do mundo.

Se faltar essa luz, haverá certa­mente idolatria, pelo menos a idolatria de sermões.

O FILÓSOFO
TAMBÉM
DR. EM TEOLOGIA